Cientistas do Children’s Hospital de Boston, EUA, em parceria com pesquisadores da Universidade de Harvard, descobriram que é possível detectar a dislexia - transtorno neurológico relacionado a dificuldades na fala, leitura e escrita - antes da alfabetização. A partir de imagens de ressonância magnética, eles analisaram a atividade cerebral das crianças e perceberam que há diferenças no processamento de informações. O grupo observado era formado por 36 estudantes da pré-escola, com idade média de 5 anos e meio. Eles precisaram responder a questões como: que palavras começam com o mesmo som? A partir da ressonância, os cientistas perceberam que o cérebro das crianças que poderiam ter dislexia apresentavam menor atividade em certas regiões do órgão.
Mas qual é a vantagem de se descobrir a dislexia mais cedo? Para os cientistas, o diagnóstico antes da alfabetização pode facilitar o tratamento. “Nós acreditamos que identificar a dislexia na pré-escola ou antes dela pode ajudar a reduzir os impactos sociais e psicológicos”, explica Nora Raschle, líder da pesquisa. A educadora e psicanalista Nívea Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo, que é especializado em atender crianças com necessidades especiais, concorda. “A identificação real do problema neurológico permite que os pais e os professores montem um projeto de adaptação”, explica. E tem mais: os chamados problemas secundários, como angústia, ansiedade e alterações comportamentais, também podem ser evitados.
Fonte Revista Crescer
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